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Mais uma mulher na minha ...

Quarta-feira, 12 de Setembro de 2007
Férias 2....

Uma vez que nunca mais sai a 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, 7ª, 8ª, 9ª e 10ª edição do meu livro (muito por culpa vossa, obviamente) tenho que continuar no meu emprego a acartar com uma série de problemas que me deixam demasiado cansado, saturado e, algumas vezes, até bastante fodido, para poder ter tempo para escrever alguma coisa. Assim, e para cumprir os serviços mínimos (e isto irá manter-se até que o meu livro figure na lista dos Best‑Sellers, ultrapassando claramente o tal do “Segredo”) segue mais uma aventura das férias:

Como todos os que lêem este blog sabem, a minha mulher sofre do grave problema de mirrar se não beber água de 5 em 5 minutos. Ora, isto nas diversas visitas que fizemos por algumas cidades italianas, levava-me a andar sempre carregado com uma garrafa de 1,5 l cheias de água, envolvida por uma “capa” de cor berrante (a qual supostamente tem o objectivo de manter a água fresca). Isto também me levou a propor que, todos os itinerários pedestres que fizéssemos, não ficassem muito longe de um qualquer McDonald’s (único sítio onde se pode mijar de borla dentro das cidades italianas). Claro que esta minha proposta, como tantas outras que eu fiz ao longo destas férias, não foi minimamente tida em conta. Isto levou a que, ao longo das imensas e longas caminhadas culturais que demos, eu e a nossa filha tivéssemos que esperar, por inúmeras vezes, que a minha mulher voltasse de mais uma busca por uma casa de banho.

Numa dessas ocasiões, em Florença, junto ao “Duomo” (para os que não percebem italiano, “Duomo” quer dizer local a abarrotar de turistas e de vendedores de rua) enquanto eu para entreter a nossa filha, usava o walkie talkie para lhe ensinar Inglês, (pois o mesmo conseguia apanhar as explicações dos guias de diversos grupos turísticos que por aquela zona andavam) e ela insistia em usar o mesmo para gritar diversos palavrões em Francês (que aprendeu com as suas primas durante a semana que estivemos nos Alpes). Ouvimos de repente, um grito como resposta do outro lado:

- Ai minha nossa senhora! Onde é que aprendeste a dizer esses palavrões!?

- Pai, toma. É para ti. É a mãe. – diz-me ela, passando-me o aparelho.

- Daqui não fala nossa senhora. Daqui fala Deus. Faça o favor de dizer. – digo eu.

- Deixa de ser parvo e diz-me onde estão, que eu não vos estou a ver! – grita a minha mulher.

- Can You Change The Funking Channel, Please!!!!- grita uma outra voz.

- Io parlo Italiano perfecto. – respondi eu, na esperança de ficar a conhecer mais uma asneira numa língua que a nossa filha ainda não entenda.

- Muda de canal e diz-me onde estás! – grita a minha mulher.

- Só depois do gajo me responder. – respondi.

- $%##&&$#$ - respondeu o tal gajo num italiano perfeito.

Depois de mudarmos de canal, lá comecei a tentar explicar onde estávamos.

Como noutras ocasiões, também aqui, as minhas explicações foram consideradas insuficientes pela minha mulher. Pelo que lá me coloquei em cima de um banco a tentar encontrá-la. Não demorou muito tempo a vê-la, meio perdida, a olhar para todos os lados. Agarrei na garrafa de água, com a tal “capa” de cor berrante, estiquei o braço e comecei a abanar a garrafa. Depois de muitos segundos a abanar a garrafa e depois de ouvir pelo Walkie Talkie, uns valentes berros da minha mulher, que insistia em me dizer que não via nenhuma garrafa a abanar, lá nos encontrámos. Desci do banco e….uma série de seres pequeninos, todos devidamente equipados com máquinas de filmar e várias câmaras fotográficas estavam agora a rodear-me, todos sorrindo para mim e olhando-me como se eu fosse uma espécie de Deus.

- Mas vocês são malucos? – perguntei-lhes, na língua de Camões e fazendo o respectivo gesto de dar pequenas batidas com o indicador na minha cabeça.

Aparentemente isto foi entendido por todos eles, como um sinal para colocarem os auriculares dos seus walkie talkies no ouvido.

Foi então que percebi: Todos os guias turísticos tinham não só um walkie talkie para o qual debitavam toda as suas explicações, como também andavam sempre a abanar um objecto de cor berrante no ar (chapéu de chuva, bandeira, pau com mariquices na ponta, etc.) o qual servia de referência para o rebanho de seguidores, que os perseguiam de uma forma extremamente religiosa

Olho para a minha mulher e ela diz-me.

- Não comeces com esse olhar. Olha que eu não quero passar vergonhas. – isto dito pela mulher que ameaçou baixar as calças à porta de um restaurante, e aí fazer as suas necessidades, só porque o dono do mesmo não a deixava entrar na casa de banho, sem ela fazer algum tipo de consumo.

– Por favor! Nem penses nisso! – implorou ela, quando me viu a levantar o famoso termo de água.

Mas o que pode fazer um pobre homem como eu, quando tem perante si a possibilidade de comandar um grupo de fiéis seguidores!?

Bom, infelizmente não durou muito tempo (penso que exagerei no número de voltas que demos em redor de um pequeno chafariz) mas até lá deu para os pôr a olhar atentamente para um candeeiro, enquanto tentavam ajustar freneticamente os seus Walkie Talkies para me tentarem perceber (isto porque da minha boca só saiam pequenos e estranhos sons intercalados com outros bem mais audíveis, mas que penso não terem tradução em qualquer língua). E deu também para os pôr a correr, enquanto os mandava tirar fotografias, a um autocarro (que passava por uma rua paralela à que nós estávamos) e que tinha um bonito anúncio a um filme qualquer Italiano.

No final, fiquei também com aquilo que eu penso ser um bonito reportório de asneiras em Japonês, as quais não me tenho cansado de usar nestas primeiras semanas de trabalho, no contacto com alguns dos meus colegas. A saber: Jioronokô; Bakaiarô; e Kussô.

Se entretanto alguém souber o que isto quer dizer, agradecia a tradução, pois gosto de saber o que ando a chamar às pessoas.

publicado por Luis às 18:16
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De Anónimo a 13 de Setembro de 2007 às 18:44
Como se tu não soubesses que 'Jioronokô' é o mesmo que 'Son of a bitch..' eheh

Quanto ao livro, já fiz a minha parte ;-)
kisses
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