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Quinta-feira, 8 de Maio de 2008
Zeca Afonso: Cantor de Intervenção......(ou disléxico?)

 

Durante o jantar e enquanto ouvíamos o CD “Filhos da Madrugada”:

 

- Não percebo nada do que eles dizem nas músicas. – queixa-se a nossa filha, com o cotovelo em cima da mesa e a mão a apoiar a cabeça, enquanto com a outra vai mexendo a sopa com a colher.

- O senhor que escreveu as letras da música não podia, na altura, escrever o que queria, então escrevia através do que se chama de metáforas. – responde a minha mulher – E já agora, senta-te como deve ser e come a sopa!

- Pai, o que é uma metáfora? – pergunta-me, após um longo suspiro.

- Vou-te dar um exemplo: Quando a mãe resolveu descongelar a sopa, que ela fez há uns meses, e nos obriga a comê-la, está a dizer-nos, de outra forma, que não gostou nada que o pai tivesse trazido uma piza para o jantar. Isso é uma metáfora: Dizer as coisas que pensamos, mas de outras formas.– respondo.

- A mão só te obriga porque gosta de ti, pois a sopa faz-te bem. Ajuda a estimular o cérebro. – diz-lhe a minha mulher.

- Já percebi. – diz a nossa filha, dirigindo-se a mim - É que acontece quando tu fazes exercício e logo a seguir vais comer chocolates. Estás a querer dizer que não vais emagrecer. – diz, com um sorriso, que me pareceu demasiado desrespeitador, para com um educador do meu calibre.

- Não filha. Isso é um simples paradoxo! – respondo-lhe.
- E o que é um paradoxo? – pergunta.

- É seres obrigada a comer a sopa e, ao mesmo tempo, dizerem que gostam de ti.

(pausa, aproveitada pela minha mulher para me enviar à cabeça um pedaço de pão)

- Mas continuo a não perceber o que eles cantam. Acho que quem escreveu estas músicas, escrevia o que lhe vinha à cabeça e depois chamou-lhe matáfora. – insiste a nossa filha, continuando a mexer a sopa com a colher. – Conheço um menino que não consegue ler bem. Troca as palavras e não se percebe nada, quando está a ler. A professora diz que é dizpéxico. Se calhar o senhor que escreveu as músicas, também tinha esse problema.

- Mas por que raio é que ela já não come mais sopa? – grita a minha mulher comigo, quando me vê a tirar o prato de sopa, da frente da nossa filha.

- Porque quem apresenta teorias com esta lógica, não necessita da tua sopa para estimular o cérebro.

publicado por Luis às 21:59
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De Lucia Larsson a 10 de Maio de 2008 às 09:52
Amigo,
Muito girio.
Descontráido, simples, com um contéudo explicito. Além de tudo divertido.
passarei por aqui para diverti minha alma mais x.
continue assim, portuga.
Uma brasileira sem raizes
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