Quarta-feira, 18 de Abril de 2007
Impressionismos.....
- Ajuda-me a levantar da cama, por favor. - peço à minha mulher.
- Não estás melhor das costas?
- Estou. Mas acho piada fazer estes esgares de sofrimento, e ter alguém a puxar-me enquanto finjo gritar de dor. - respondo, com o meu bom humor matinal.
- Mas quando é que te deixas de armar em herói? - pergunta ela, enquanto vai arrumando as almofadas maricas , que se encontram espalhadas pelo chão do quarto.
- Quando chegar à andropausa. - respondo eu, levando depois com uma das almofadas na cara, a qual me provocou um sonoro FODA-SE , devido à dor que a minha infrutífera tentativa de desvio me provocou.
- Mas o que te deu para agarrares logo nas duas crianças ao mesmo tempo, e com elas penduradas, te pores a fazer malabarismos, como se tivesses num circo? Não pensaste nas tuas hérnias?
- Pensei. Mas como já não sentia o prazer da dor há muito tempo..... - respondo eu, em vez de mais um FODA-SE . QUERO LÁ SABER DISSO AGORA! AJUDA-ME A LEVANTAR DA PUTA DA CAMA. ESTOU CHEIO DE DORES E NÃO ME CONSIGO MEXER.
- Mas tu sabes que não podes fazer brincadeiras dessas. Ainda por cima a tua filha e a amiga, já são pesadas. - diz, enquanto olha para mim de uma forma que me assusta.
- Sim. Já sei. Não preciso de mais seca. Ajudas-me a levantar da cama, ou não?
- Não sei. - responde ela, enquanto se despe - Estava a pensar aproveitar-me de ti. O que dizes? A forma como tu ontem brincaste com as crianças , excitou-me. - continua ela, enquanto se aproxima de mim - Mas tens que deixar de fazer essas coisas para me impressionares. Eu já sei o homem maravilhoso que tenho. - termina ela, dando-me depois um beijo.
- Mas eu não fiz isso para te impressionar.
- Pois não, amor. - diz enquanto me vai beijando. - Por isso é que não paravas de olhar para mim enquanto fazias aquelas maluqueiras todas.
- Não era para ti que eu estava a olhar. Era para a boazona da mãe da amiga da nossa filha. Viste o belo top que ela trazia?
Bom, ou era isso, ou tinha que aguentar uma sessão mais do que dolorosa de sexo, a qual, quem sabe, me poderia deixar traumas profundos. É óbvio que não lhe podia nunca dizer que, para mim, sexo, estava fora de questão. Porra , um homem é um homem.
Por outro lado descobri que os beliscões, pontapés e palmadas, serviram, por segundos, para me esquecer das dores nas costas e na perna.
E consegui sair sozinho da cama. Foi fácil. O difícil , foi conseguir levantar-me do chão depois de ter rebolado para fora da cama.
De
eskisito a 19 de Abril de 2007 às 11:51
Tens sorte. Se eu falasse em decotes alheios, pelo menos pelo menos uns bons dois meses no sofá, seguido da habitual tortura das conversas com a família e amigos onde iria aparecer o tema vezes sem conta.
Mas, foi de homem...isso foi.
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