Visitas Obrigatórias:
- Sabes pai, na minha turma tenho um menino que gosta de mim.
- A sério? Como é que tu sabes?
- Porque ele anda sempre atrás de mim a querer beijinhos.
- E tu o que fazes?
- Fujo dele.- diz - Mas às vezes ele apanha-me. - termina ela com um pequeno sorriso.
- Elá!! E o que é que tu fazes?
- Dou-lhe pontapés onde tu me ensinaste.
- Boa. E ele?
- Ele bate-me também.
- E como é que isso acaba?
- Ás vezes eu fujo, outras vezes foge ele. - responde ela, dando no final um suspiro meio esquisito.
- E tu.....gostas dele? - pergunto eu, a medo.
- Não sei.....Às vezes... quando ele está deitado no chão a queixar-se da perna...... Começo a bater-lhe mais devagar.- diz, ela cabisbaixa.
- Mas isso é porque tens pena dele. - afirmo eu.
- (suspiro)... Pois, se calhar. Tu quando conheceste a mãe também bulhavas muito com ela?
- Ahhh.....hmmmm.....Claro que não. As bulhas só vieram quando começamos a namorar. - digo, a rir.
- Isso quer dizer que eu já namoro?
- Bom......não......Mas......Pois.....E se.......hmmmm....Porra! - gaguejo eu- Vamos lá resolver isto de vez: Tu ainda és muito nova para bulhar com meninos, por isso, sempre que esse menino quiser bulhar contigo, ou dar-te beijinhos, diz-lhe que o teu pai vai escrever o nome dele no blog.**
- Tu és um bocado maluco, mas eu gosto de ti. - termina ela, dando-me um beijo e indo-se embora aos pulos......deixando-me sozinho....mas com a sensação que houve algo de mim que ela levou com esta conversa, e não foi apenas o dinheiro, para comprar uma pastilha, que eu lhe dei para ver se a conversa acabava mais cedo.
** A censura manda dizer que esta frase está aqui contra a sua vontade, pois aparentemente este blog já é lido por muita gente cá da vila e parece que já causei alguns embaraços por cá, com um post qualquer e posso voltar a ser, mais uma vez, mal interpretado, e sei lá mais o quê. Mas a alma de um artista não se pode rebaixar perante a censura, por isso, a última palavra é sempre a minha (pelo menos aqui no blog) pelo que não me verguei.....(por enquanto, mas hei-de vergar, que eu conheço-me demasiado bem)